História do Chocolate



Os astecas já conheciam as favas de cacau. Com elas, faziam um líquido escuro que chamavam de tchocolatl. Em 1502, a ilha de Guanaja, habitada pelos astecas, povo místico e religioso, recebeu a esquadra de Colombo. O navegador foi um dos primeiros europeus a provar o sabor do chocolate.



O chocolate passou a se difundir pelo mundo a partir do século XVI, quando o conquistador espanhol Hernán Cortés conheceu-o na corte de Moctezuma II no México e o levou para a Europa. Naquela época os astecas tomavam-no como uma bebida amarga e fria, preparada a partir da fruta do cacaueiro, árvore nativa das regiões tropicais da América, chamando-se xocolatl ou chocoatl (água amarga), e levava até pimenta e outras especiarias. Ao se difundir pela Europa, transformou-se e aprimorou-se. Na Espanha, perdeu a adição de pimenta e recebeu açúcar, canela e baunilha.




No início do século XVII, viajantes e comerciantes introduziram-no na Alemanha, França e Itália. A primeira casa dedicada em exclusivo ao chocolate abriu em Londres, em 1657, por mão de um francês. Na época era uma bebida muito comum destinada às classes altas devido ao seu preço. Em 1659, David Chaillou começou a vender em Paris as primeiras tortas de chocolate. Uma década depois o chef Lassagne, que trabalhava para o duque de Plessis-Praslin, criou o primeiro bombom, coberto de caramelo. faz parte das rações dos militares dos Estados Unidos da América, assim como dos astronautas da NASA.


O chocolate é um alimento muito nutritivo. Contém proteínas, gorduras, cálcio, magnésio, ferro, zinco, caroteno, vitaminas E, B1, B2, B3, B6, B12 e C. Estudos recentes sugerem a possibilidade de o consumo moderado de chocolate preto e amargo trazer benefícios para a saúde humana, nomeadamente devido à presença de ácido gálico e epicatecina, flavonóides com função cardioprotectora. Sabe-se que o cacau tem propriedades antioxidantes. O chocolate constitui ainda um estimulante devido à teobromina, embora de fraca capacidade. O chocolate também possui endorfina.


Dez motivos para você consumir chocolate:

1) O chocolate contém flavanóide, uma substância presente na semente do cacau e que age como protetor cardiovascular. Dr. Daniel Magnoni explica que essa propriedade do flavanóide decorre do fato de que sua absorção diminui a incidência e o desenvolvimento da arteriosclerose. “Esta substância funciona como um filtro sangüíneo, que ajuda na redução da formação de placas de gordura e transforma o colesterol ‘ruim’ em substâncias benéicas para o bom funcionamento do coração.” O flavanóide é também encontrado em vegetais e frutas, como a uva.


2) A manteiga de cacau (óleo de theobroma), obtida das sementes da fruta, é uma gordura vegetal que contém anti-oxidantes que combatem os radicais livres responsáveis pelo entupimento das artérias. Além disso, ela é rica em ácidos graxos saturados e insaturados, que servem para diminuir os valores de colesterol e triglicerídeos e aumentar o HDL, conhecido como o ‘bom’ colesterol. Por ser vegetal, a gordura da manteiga de cacau não contém colesterol e o porcentual de gordura saturada e insaturada em sua constituição está dentro das recomendações estabelecidas pela Associação Americana de Cardiologia (AHA).


3) O chocolate ajuda na redução dos sintomas da síndrome de tensão pré-menstrual (TPM). A conclusão, de acordo com o Dr. Daniel Magnoni, foi apresentada ao mundo em 1999, pelo nutrólogo sueco S. Rössner, durante o Congresso Europeu de Nutrição Parenteral e Enteral daquele ano, realizado em Estocolmo.


4) Segundo o mesmo nutrólogo S. Rössner, o consumo de chocolate não provoca o aumento do colesterol, uma vez que o produto é rico em ácido graxo esteárico.


5) Uma boa notícia para os diabéticos: os valores de glicose ingeridos no chocolate não são diferentes daqueles alcançados quando a glicose é ingerida por meio de outros alimentos.


6) O chocolate, desde que ingerido em quantidades moderadas, não representa nada diferente de ingerir outros carboidratos necessários ao organismo.


7) O chocolate contém estimulantes alcalóides, como a cafeína e a teobromina, gerando um efeito energético que incide sobre a concentração e a capacidade física de quem o consome em quantidades moderadas.


8) O chocolate libera endorfinas, podendo estimular o apetite sexual e causar sensações de bem-estar.


9) O consumo de chocolate, ao contrário do que se diz, não causa dependência ao organismo.

10) Combate o envelhecimento e  estimula os neurônios, mas a maioria dessas vantagens só se apresentam  nos chocolates mais amargos e escuros.